Aguardando Águas (uma investigação)
Segundo Encontro: Aguaceiros.
O pensar criticamente sobre as cenas-acontecimentos nos provocou neste segundo encontro o desejo de apreender melhor o espaço-escola. Lugar em que xs educandxs passavam diariamente quatro horas por dia. Queríamos atentar para a percepção sobre o local onde estávamos e ampliar as possibilidades de compreensão. Como, através da arte-tecnologia, visibilizar impressões e vozes (narrativas) que compusessem sentidos da escola e na escola? Essa questão nos rondava. Nos rondava também a vontade de saber como xs educandxs - da forma mais autônoma possível - poderiam ampliar e compor suas vozes/imagens sobre o lugar onde viviam uma parcela relevante do tempo. Sabíamos que cada um delxs trazia consigo e de muitos modos partilhado com os outros (in)versões potentes quanto a este espaço de poder. Sabíamos também que o acolhimento dessas (in)versões pela institucionalidade era precário ou inexistente. Em suma, não existia escuta séria sobre as posições e perspectiva dxs educandxs sendo elxs a maioria expressiva naquele meio.
Isso nos pegou em cheio. Qual caminho costurar para que as perspectivas silenciadas chegassem a amplificação? Só um caminho, abrimos o diálogo na sala. Primeiro com perguntas francas sobre como se sentiam em relação a escola e se já haviam pensado sobre o espaço em que estavam inseridos. Se tinham alguma reclamação que não havia sido ouvida e acolhida. Nós xs educadores (questiono essa posição aparentemente estável - educadores/educandxs - acredito, outrossim, numa inconstância de posições permutáveis) muito mal educandxs não havíamos percebido um problema grave naquele momento. Problema que os educandxs - agora, educadores - nos alertaram: Não tem água na escola nem para beber. A presença-ausência da água emergiu. A água agora apareceu, desaparecendo, como o gatilho que disparou um mote-crise que poderia conduzir os caminhos narrativos e amplificações que desejávamos sobre a instituição educacional. Politizar o acesso ou o não acesso a água foi inevitável. Levantar essas questões nosso exercício. Ainda mais na Amazônia.
Precisávamos porém duma linguagem para desdobrar o problema da ausência de água em processo investigativo dentro da escola que amplificasse as perspectivas dxs educandxs. Debatemos o problema em sala e chegamos num acordo que a linguagem jornalística audiovisual em reportagem investigativa era o melhor caminho para dar conta de nossos desejos. Praticamente os mesmos grupos que desenvolveram as cenas-acontecimentos assumiram a responsabilidade ética de apurar o problema da água e outras complicações no espaço-escola. Assim divididos como equipes de telejornal cada equipe com um celular com espaço para pelo menos 10 min de gravação os educandxs saíram da sala na missão de recolher dados e produzir vozes sobre os problemas que elxs reconheciam.
Segue agora os vídeos gravados pelas equipes:
O pensar criticamente sobre as cenas-acontecimentos nos provocou neste segundo encontro o desejo de apreender melhor o espaço-escola. Lugar em que xs educandxs passavam diariamente quatro horas por dia. Queríamos atentar para a percepção sobre o local onde estávamos e ampliar as possibilidades de compreensão. Como, através da arte-tecnologia, visibilizar impressões e vozes (narrativas) que compusessem sentidos da escola e na escola? Essa questão nos rondava. Nos rondava também a vontade de saber como xs educandxs - da forma mais autônoma possível - poderiam ampliar e compor suas vozes/imagens sobre o lugar onde viviam uma parcela relevante do tempo. Sabíamos que cada um delxs trazia consigo e de muitos modos partilhado com os outros (in)versões potentes quanto a este espaço de poder. Sabíamos também que o acolhimento dessas (in)versões pela institucionalidade era precário ou inexistente. Em suma, não existia escuta séria sobre as posições e perspectiva dxs educandxs sendo elxs a maioria expressiva naquele meio.
Isso nos pegou em cheio. Qual caminho costurar para que as perspectivas silenciadas chegassem a amplificação? Só um caminho, abrimos o diálogo na sala. Primeiro com perguntas francas sobre como se sentiam em relação a escola e se já haviam pensado sobre o espaço em que estavam inseridos. Se tinham alguma reclamação que não havia sido ouvida e acolhida. Nós xs educadores (questiono essa posição aparentemente estável - educadores/educandxs - acredito, outrossim, numa inconstância de posições permutáveis) muito mal educandxs não havíamos percebido um problema grave naquele momento. Problema que os educandxs - agora, educadores - nos alertaram: Não tem água na escola nem para beber. A presença-ausência da água emergiu. A água agora apareceu, desaparecendo, como o gatilho que disparou um mote-crise que poderia conduzir os caminhos narrativos e amplificações que desejávamos sobre a instituição educacional. Politizar o acesso ou o não acesso a água foi inevitável. Levantar essas questões nosso exercício. Ainda mais na Amazônia.
Precisávamos porém duma linguagem para desdobrar o problema da ausência de água em processo investigativo dentro da escola que amplificasse as perspectivas dxs educandxs. Debatemos o problema em sala e chegamos num acordo que a linguagem jornalística audiovisual em reportagem investigativa era o melhor caminho para dar conta de nossos desejos. Praticamente os mesmos grupos que desenvolveram as cenas-acontecimentos assumiram a responsabilidade ética de apurar o problema da água e outras complicações no espaço-escola. Assim divididos como equipes de telejornal cada equipe com um celular com espaço para pelo menos 10 min de gravação os educandxs saíram da sala na missão de recolher dados e produzir vozes sobre os problemas que elxs reconheciam.
Segue agora os vídeos gravados pelas equipes:
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